29.5.06

Governação, Participação e Gestão Financeira
- situação preocupante na Universidade do Minho

Um estudo feito por Margarida Proença aos relatórios de actividades e a um conjunto de medidas determinadas pela actual Reitoria levam-na a concluir que a Universidade do Minho sofre, desde que a actual equipa entrou em funções, de grave problema de falta de transparência no seu nível de gestão mais elevado. Conclui ainda esta professora catedrática de Economia e integrante da equipa reitoral proposta por Moisés Martins que se torna absolutamente vital cumprir a lei, nomeadamente no que diz respeito à consolidação de contas e a sua certificação por um revisor oficial de contas, à existência de um órgão fiscalizador, assim como à publicitação do relatório de gestão.

Um dos tópicos das conversas que correm na UM é o de que o actual Reitor pode ter tomado medidas discutíveis, mas que é um gestor eficiente. O estudo de Margarida Proença (que pode ser lido na íntegra AQUI) contraria tal ideia feita e sugere que ou este caminho é rapidamente corrigido ou a UM virá a conhecer problemas graves.

Um dos casos mais flagrantes para o qual chama a atenção é o da afectação, em 2006, de uma verba superior a 1,3 milhões de euros para o vector "Qualidade" - que é superior à verba distribuída por todas as escolas da UM juntas - sem que tenham sido consensualizados os critérios de afectação ou conhecidos os júris de avaliação. De resto, dos resultados da aplicação deste mesmo tipo de verbas em 2005 "nada se conhece, nem sequer quais os projectos seleccionados".

Endereço para comentário: moises.comentario@gmail.com

(NB - no último parágrafo, foi corrigido um erro: não se trata de 1,3 milhões de contos mas, evidentemente, de euros)