28.4.06

Mais um texto que "não passou" na UM-net

"É porém inegável que o processo de participação na decisão, no que à eleição do Reitor se refere, se encontra profundamente amputado, transformando a maioria de docentes, estudantes e funcionários em meros espectadores da escolha realizada por uns poucos. Esta concepção de democracia demasiado formalista e procedimental agrava seguramente a já de si complexa crise de legitimidade da instituição universitária, reflectindo-se na falta de vigor da representação e da reivindicação perante o Estado e outros poderes e, talvez, na própria condição periférica que vem sendo atribuída nos últimos anos ao Conselho de Reitores".

É esta a posição que exprime Licínio C. Lima, professor catedrático do Instituto de Educação e Psicologia, num importante texto intitulado "A UM assistirá novamente à eleição do Reitor", que o "moderador" da UM-net entendeu não deixar passar.
O autor recorre aos programas dos dois candidatos a Reitor, que foram a sufrágio há quatro anos, para mostrar como o objectivo de democratizar o processo de eleição reunia o consenso geral. Cabia, evidentemente, à equipa do Prof. António Guimarães Rodrigues a principal responsabilidade em traduzir, na revisão dos Estatutos da UM, esse anseio da comunidade universitária.

(Os interessados em conhecer o pensamento de Licínio Lima sobre esta matéria poderão ler a versão integral do texto AQUI)

1 Comments:

At 03/05/06, 13:14, Anonymous Anónimo said...

Será que a UM vai querer um candidato que faltou no seu compromisso com a verdade mais profunda?! As promessas aqui referidas não dependiam de qualquer orçamento,ou vontade externa, tão somente do querer do Reitor.

O actual Reitor deve ser julgado pelas promessas que não cumpriu, sendo a mais grave a que passo a citar:


?No entanto, há apenas quatro anos atrás, o objectivo de alterar o modelo de eleição reitoral granjeava elevado consenso. José Manuel Vieira comprometia-se a rever os estatutos no que concerne à eleição do Reitor, pretendendo "alargar a base eleitoral para a sua escolha, contemplando medidas que reforcem o envolvimento e a participação efectiva e universal de toda a Academia" (Programa de Acção, p. 10).

Mais crítico e enfático, António Guimarães Rodrigues afirmava: "Reconhecendo que o actual modelo de eleição do Reitor oferece poucas garantias para a livre expressão e representação dos corpos da Universidade, pretende-se promover a discussão e a revisão daquele modelo, no âmbito da autonomia das Universidades" (Programa de Acção, p. 27).

Trata-se de um objectivo programático que foi diligentemente perseguido (mesmo sem a prometida discussão) mas que não foi possível cumprir, ou de um compromisso eleitoral que estará condenado ao esquecimento pelos antigos candidatos que ganham as eleições?" - sic Licínio C. Lima

Afinal o que é que falta para todos entenderem que quando falamos do fazer do actual Reitor estamos a assistir à gestão meramente política de um individuo comprometido com o edifício partidário.

VCP

 

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