Três Notas
A propósito do meu texto anterior foram enviadas para a rede interna de distribuição de e-mail da UM estas duas mensagens:
- Enviada em qua 28-11-2007 0:26
De: Jaime Ferreira da Silva [jaimefs@dem.uminho.pt]
Caros colegas de Academia,
O professor Moisés Martins difundiu hoje (já ontem) uma mensagem que intitulou de “Razões”. Essa mensagem agrediu-me. Pela deselegância. Cinco palavras apenas, “...para que todavia fui convidado...” (sic), marcam e mancham todo o texto. Elas quebram valores basilares no relacionamento humano, de confidencialidade, de confiança, de intimidade. São impróprias para um académico. Tratou-se, estou certo, de um momento infeliz, de que, também estou certo, o Professor Moisés Martins se redimirá, com hombridade, reconhecendo a deselegância.
Saudações académicas
Jaime C L Ferreira da Silva
Escola de Engenharia
Departamento de Engenharia Mecânica
- Enviada em qua 28-11-2007 8:43
De: 'António Augusto Magalhães Cunha' [amcunha@eng.uminho.pt]
Caras e Caros Colegas,
A Lista A – Plataforma Eleitoral, candidata às eleições para a Assembleia Estatutária da Universidade do Minho, vem por este meio esclarecer a comunidade de docentes e investigadores que o Prof. Moisés Martins nunca foi convidado por esta Lista para nela participar.
A mensagem que o Prof. Moisés Martins enviou à comunidade académica exprime ausência de tolerância e de sentido democrático, referindo-se aos seus pares em tom censório e depreciativo.
A plataforma é constituída por colegas no pleno uso dos seus direitos que, com seriedade e abertura, se disponibilizaram para este desígnio.
A Plataforma desenvolveu um ideário e um plano concreto que detalha as linhas mestras com que se apresenta a este processo eleitoral, promovendo o esclarecimento e o debate.
A Plataforma considera que a visão de “personagens iluminadas” não serve a Academia, nem lhe oferece garantias.
A Plataforma sabe que a Academia exige mais do que isso.
Saudações académicas,
A Lista A – Plataforma Eleitoral
A toda a comunidade académica
Três pequenas notas sobre o convite que, insistentemente, me foi feito para integrar a lista A, mas que eu recusei, por razões que já expus à Universidade.
1.
Tirem-me desse filme, que não faz o meu género. Não contem comigo para a guerrilha de desmentidos e confirmações. Para esse peditório não dou mesmo.
2.
Estar no espaço público e debater ideias (ou a falta delas), e debater igualmente o sentido das práticas e das atitudes dos agentes institucionais são a própria natureza do exercício da cidadania. Disfarça mal a falta de pedalada quem confunde o exercício legítimo da crítica com uma campanha de insultos.
3.
Esfera pública e esfera privada.
As regras do espaço público, ou seja, as regras de actos com repercussão e interesse públicos não são as mesmas regras que pautam a vida privada. A minha vida privada a mim cabe, sem dúvida.
Mas, enquanto Presidente do Instituto de Ciências Sociais cabe-me prestar contas à Academia do sentido dos meus actos institucionais.
É o que procuro fazer sempre.
Falar, neste contexto, de quebra de «valores basilares no relacionamento humano, de confidencialidade, de confiança, de intimidade» é confundir os planos.
E é porque penso deste modo, que não vejo o a-propósito da invocação de «infelicidade», «deselegância» e «impropriedade» académicas para caracterizar a minha prestação de contas.
Com as melhores saudações,
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